A popularização do ditado “pessoas não deixam empresas, deixam gestores” não aconteceu por acaso. Ao olhar atentamente para os gerentes, é possível notar que alguns hábitos podem prejudicar diretamente o desempenho e a satisfação da equipe.
Para facilitar a identificação de uma má liderança, o especialista no tema Marcel Schwantes destacou três comportamentos e práticas de gestão que impactam negativamente o engajamento e trabalho de um time. Confira.
1. Desrespeitar os funcionários
Em artigo publicado no site da revista Inc., o autor destacou que, de acordo com pesquisas, comportamentos desrespeitosos, rudes ou insensíveis podem não apenas causar impactos emocionais e físicos nos funcionários, mas resultar em perdas significativas para a empresa em decorrência de desempenhos ruins, absenteísmo e rotatividade dos colaboradores.
Segundo uma pesquisa conduzida pelo ResumeLab, que aponta o que define um mau líder, entre os funcionários que foram alvo de desrespeitos, 48% diminuíram intencionalmente seu esforço, 38% diminuíram intencionalmente a qualidade do seu trabalho, 80% perderam tempo de trabalho preocupados com a situação desconfortável com a chefia e 78% disseram que seu comprometimento com a empresa diminuiu.
Além disso, a pesquisa sugere que, mesmo que as pessoas queiram ter um bom desempenho, elas não conseguem quando estão operando em uma atmosfera desrespeitosa. A produtividade e a criatividade despencam, os funcionários eventualmente perdem a convicção no trabalho e contribuem menos.
2. Não reconhecer o trabalho das pessoas
Reconhecer o trabalho de pessoas com alto desempenho promove uma maior motivação no ambiente profissional. De acordo com um estudo feito pela Gallup, empresa global de análise e consultorias, aqueles que recebem reconhecimento e elogios regulares apresentem melhores resultados, como:
- aumento de produtividade;
- maior envolvimento entre os colegas de trabalho;
- maiores pontuações de fidelidade e satisfação dos clientes;
- melhores registros de segurança e menos acidentes no trabalho.
3. Não buscar a contribuição da equipe
Para Schwantes, como os funcionários conhecem as nuances de sua rotina diária melhor do que ninguém, os líderes podem ganhar sua confiança indo até os colaborados para obter informações, adesão, conselhos e estratégias.
“Perguntar aos funcionários sobre o que está funcionando e o que não está funcionando promove uma cultura de confiança, onde todos se sentem seguros o suficiente para contribuir com ideias que tenham valor e compartilhar preocupações que podem ajudar a resolver situações problemáticas”, aponta o especialista.
Nesse sentido, o articulista lembra que o que os funcionários precisam e esperam em troca de seu trabalho mudou nos últimos anos. Hoje, os funcionários de diferentes gerações buscam o sentimento de valorização, de apreciação e crescimento profissional em seus empregos. Em muitos casos, isso é motivo suficiente para que os colaboradores queiram levantar de manhã e ir para o trabalho – e não fugir de seus chefes.