Brasil possui mais de 2,4 milhões de sistemas FV instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Foto: Freepik
A geração própria solar ultrapassou a marca de 28 GW de potência instalada operacional em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil.
O levantamento, feito pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), apontou que mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica.
Segundo a entidade, o país possui mais de 2,4 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Desde 2012, foram mais de R$ 139 bilhões em novos investimentos, gerando mais de 840,3 mil empregos verdes em todo o Brasil, contribuindo com uma arrecadação aos cofres públicos de mais de R$ 41,7 bilhões.
No total, a energia solar já está em 5.545 municípios e todos os estados brasileiros. A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a economizar na conta de luz de todos os consumidores de energia elétrica no país.
Demais dados
Ao calcular os custos e benefícios da chamada geração distribuída, um estudo da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, conclui que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031.
Essa pesquisa buscou calcular os custos e benefícios da microgeração e da minigeração distribuída, de acordo com o artigo 17 da Lei nº 14.300, de 6 de janeiro de 2022, que estabeleceu o marco legal do segmento.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento exponencial da geração própria de energia solar é sinal claro da popularização da tecnologia no território nacional.
“Analistas de mercado apontam que, apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de cerca de 50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso por consumidores brasileiros de diferentes perfis”, comenta.
“Portanto, trata-se do melhor momento para se investir em sistemas solares em residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica, já que o Brasil possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”, complementa.
Já Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, enfatiza que o crescimento da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na geopolítica da transição energética global.
“A tecnologia fotovoltaica também fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e eleva a competitividade dos setores produtivos brasileiros”, esclarece.
“Ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, a geração própria solar reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, conclui Sauaia.
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