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Fugitivos presos retornam à Penitenciária de Mossoró após 50 dias e ficarão em celas separadas

Fonte: Alice Rabello

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33, foram detidos a 1.600 km, em Marabá, no Pará

Em fuga desde 14 de fevereiro, os dois presos que escaparam da Penitenciária Federal em Mossoró (RN) foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá (PA), pela força-tarefa composta por cerca de 500 agentes e estruturada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foram presos na BR-222, em uma ação conjunta entre a PF e a PRF, após mudança estratégica: saíram da busca física para trabalhar com foco na inteligência da ação.

Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que “eles voltarão para a penitenciária de onde fugiram, em Mossoró, totalmente reformulada. Haverá inspeção diária. A direção foi trocada. De lá certamente não se evadirão”.

Segundo informações da Polícia, os fugitivos são classificados como os “matadores do CV”. Deibson, conhecido como “Tatu”, cumpria pena de 81 anos de prisão e tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes como, entre outros, tráfico de drogas. Já Rogério, conhecido por “martelo”, foi condenado a 74 anos de prisão, responde a mais de 50 processos, respondendo até por homicídio qualificado.

Segundo o governo, o presídio federal estava em manutenção e a dupla teria tido acesso às ferramentas que possibilitaram a fuga, na madrugada da quarta-feira de cinzas. O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, declarou que “10 mil novas câmeras serão instaladas e a iluminação também foi trocada”.

Em relatório do ministério sobre a responsabilidade de servidores do complexo, a corregedora-geral, Marlene Rosa, aponta indícios de falhas nos procedimentos carcerários, porém não encontraram evidências de corrupção para facilitar fuga. Foram abertos três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) para aprofundar as investigações.


No Especial do MyNews, Mara Luquet e os jornalistas João Bosco Rabello e Genésio Araújo informam e comentam o caso. Confira:

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