O cenário econômico brasileiro e a cotação do dólar estão sempre em discussão. Principalmente quando se trata do início de um novo ano, sendo esse o caso de 2023. O clima era de pessimismo devido às incertezas geradas pela troca de governo, desafios fiscais e o aumento da inflação e juros no exterior.
Nesse cenário, a expectativa era que o dólar chegasse a valores acima de R$ 5,20. Com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, de fato, a moeda norte-americana disparou e chegou a valer R$ 5,48. No entanto, ao longo do ano, com os avanços na agenda econômica do governo e discussões fiscais, a taxa de câmbio cedeu.
Como o dólar se comportou em 2023?
Com a ação assertiva do Governo e entrada de investidores estrangeiros na Bolsa brasileira, o dólar caiu para patamares abaixo dos R$ 5,00 em abril. Desde então, a moeda oscilou entre R$4,70 e R$5,25. Segundo o relatório Focus do Banco Central, ao término de 2023, a expectativa é que o dólar feche em R$ 4,93.
Para 2024, a projeção do mesmo relatório aponta o dólar a R$ 5,00. Portanto, conferir as expectativas dos bancos e casas de análises sobre a taxa de câmbio se faz relevante. O cenário futurista nos indica que algumas das instituições financeiras acreditam em um cenário positivo, enquanto outras adotam uma postura mais cautelosa.
Bancos como Itaú e Inter projetam um real mais forte para o próximo ano, com as cotações em torno de R$4,90 e R$5,00, respectivamente. Em contraponto, o Santander sugere um cenário mais pessimista, projetando o dólar a R$ 5,25 ao final de 2024.
Já o economista e consultor André Perfeito prevê a moeda norte-americana a R$ 4,30 no próximo ano. Ele consta reflexo dessa projeção nos recorrentes superávit comercial, especialmente pelo favorecimento ao Brasil na balança de petróleo e derivados, após 70 anos de criação da Petrobras.
No final das contas, nem analistas nem mercados financeiros têm uma bola de cristal para as projeções futuras. Estimativas são baseadas em análises profundas do presente e projeções de variáveis para o futuro. Portanto, é sempre importante acompanhar as notícias, os relatórios e as condições econômicas para entender o comportamento do câmbio.