Após quase quatro horas de discussões, a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou o projeto base da revisão da Lei de Zoneamento da capital paulista, apesar de considerar que mais discussões precisam ser feitas sobre as regras para instalação de casas, prédios, comércios e indústrias nos bairros da cidade.
A aprovação na primeira discussão, porém, não significa que o plano já será colocado em prática, uma vez que serão necessárias mais audiências públicas e a votação definitiva pelo Legislativo, prevista para o dia 21.
Dos 54 vereadores, 46 votaram a favor e oito foram contra. Contrariando a votação da bancada do PT, Luna Zarattini também votou pela não aprovação (veja lista completa abaixo).
A proposta original, encaminhada pelo prefeito Ricardo Nunes (PSDB), foi duramente questionada por entidades sociais, que argumentaram que o plano permitia uma “expansão desenfreada”.
A grande novidade da nova legislação é a ampliação das áreas próximas do transporte público em que é possível construir mais. Na maior parte da cidade, a regra é que as edificações podem ter uma área construída equivalente ao tamanho do terreno. Já nessas áreas próximas do transporte público, o coeficiente de aproveitamento deve ser de até quatro vezes, conforme a proposta original.
Na regra anterior — em vigor desde 2016, o incentivo valia para terrenos em um raio de até 600 metros das estações de metrô e trem e de até 300 metros no caso de corredores de ônibus. No novo plano, o limite salta para 700 metros e 400 metros, respectivamente. Além disso, basta que o quarteirão esteja na zona do raio, e não necessariamente o terreno.
Audiências públicas foram realizadas com o objetivo de propor alterações ao texto base do Plano Diretor. Ao menos 10 emendas com revisões de algumas das medidas foram propostas por vereadores, como algumas adaptações para zonas residenciais e permissões específicas para algumas regiões. Só que todas as emendas foram retiradas após a aprovação do projeto base, com o argumento de que serão incluídas novamente na votação final.
Novos encontros para discutir as propostas estão previstos para esta quarta-feira (13), às 11h; segunda que vem (18), às 17h, e terça-feira (19), às 11h.
A votação final deve acontecer no dia 21 de dezembro.
Saiba como cada vereador votou
- Adilson Amadeu (União Brasil) – Sim
- Alessandro Guedes (PT) – Sim
- André Santos (Republicanos) – Sim
- Arselino Tatto (PT) – Sim
- Atílio Francisco (Republicanos) – Sim
- Aurélio Nomura (PSDB) – Sim
- Beto do Social (PSDB) – Sim
- Celso Giannazi (PSOL) – Não
- Cris Monteiro (NOVO) – Não
- Danilo do Posto de Saúde (Podemos) – Sim
- Dr. Adriano Santos (PSB) – Sim
- Dr. Milton Ferreira (Podemos) – Sim
- Dr. Nunes Peixeiro (MDB) – Sim
- Dra. Sandra Tadeu (União Brasil) – Sim
- Edir Sales (PSD) – Sim
- Eliane do Quilombo Periférico (PSOL) – Não
- Eli Corrêa (União Brasil) – Sim
- Eliseu Gabriel (PSB) – Sim
- Ely Teruel (Podemos) – Sim
- Fábio Riva (PSDB) – Sim
- Fernando Holiday (PL) – Sim
- George Hato (MDB) – Sim
- Gilson Barreto (PSDB) – Sim
- Hélio Rodrigues (PT) – Sim
- Isac Felix (PL) – Sim
- Jair Tatto (PT) – Sim
- Janaína Lima (MDB) – Sim
- João Ananias (PT) – Sim
- João Jorge (PSDB) – Sim
- Jorge Wilson Filho (Republicanos) – Sim
- Jussara Basso (PSOL) – Não
- Luana Alves (PSOL) – Não
- Luna Zarattini (PT) – Não
- Major Palumbo (PP) – Sim
- Manoel Del Rio (PT) – Sim
- Marcelo Messias (MDB)- Sim
- Marlon Luz (MDB) – Sim
- Milton Leite (União Brasil) – Sim
- Paulo Frange (Sem partido) – Sim
- Prof. Toninho Vespoli (PSOL) – Não
- Ricardo Teixeira (União Brasil) – Sim
- Rinaldi Digilio (União Brasil) – Sim
- Roberto Tripoli (Partido Verde) – Sim
- Rodolfo Despachante (PP) – Não compareceu à sessão
- Rodrigo Goulart (PSD) – Sim
- Rubinho Nunes (União Brasil) – Sim
- Rute Costa (PSDB) – Sim
- Sandra Santana (PSDB) – Sim
- Sansão Pereira (Republicanos) – Sim
- Senival Moura (PT) – Sim
- Sidney Cruz (Solidariedade) – Sim
- Silvia da Bancada Feminista (PSOL) – Não
- Thammy Miranda (PL) – Sim
- Waldir Junior (PSD) – Sim
- Xexéu Tripoli (PSDB) – Sim







