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Lu Alckmin fala à CNN sobre trabalho social e a rotina como segunda-dama do Brasil | CNN Brasil

Fonte: nathanlopes

O Palácio do Jaburu, a residência oficial da Vice-Presidência da República, ganhou recentemente um novo morador, o coelho Joaquim. Ele vive no colo de sua dona, a segunda-dama do Brasil, Lu Alckmin. O bichinho de estimação foi um presente inspirado no livro infantil que ela lançou em abril, o “ABC dos Coelhinhos”, pela editora Senac. O texto e todas as ilustrações feitas com lápis e grafite são dela, após anos de aulas de desenho.

Em conversa exclusiva ao “CNN Entrevistas“, ela contou como é a vida com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, em Brasília.

Todas as manhãs, os cozinheiros do palácio preparam pão integral para o casal. A receita é a mesma ensinada no projeto social Padarias Artesanais, projeto que durante um dia inteiro de curso ensina pessoas carentes a fazer dez receitas de pães nutritivos como uma opção de fonte de renda alternativa.

Quando era primeira-dama do estado de São Paulo, conseguiu tocar o projeto com recursos de um fundo social. Agora, com o marido na vice-presidência, conta exclusivamente com voluntários, doações e parcerias com igrejas e iniciativa privada. Nas viagens pelo Brasil em que acompanha o marido, ela organiza agendas paralelas para divulgar o projeto de panificação para primeiras-damas estaduais e municipais.

Dona Lu contou que adora as aves do Jaburu. Elas a fazem lembrar de uma galinha de estimação que tinha no sítio, em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Era tão domesticada que costumava dar a patinha para que Lu pudesse pintar suas unhas de esmalte vermelho.

Na maior parte dos dias ela espera o marido em casa para o jantar. Se eles estiverem com pique, ainda encaram umas partidas de buraco.

Nos finais de semana, os dois gostam de ler e fazer caminhada. Alckmin, diz ela, é craque com as cartas ao jogar paciência sozinho. Em feriadão, a alegria é receber os filhos Sofia e Geraldo e juntar os netos em Brasília ou visitá-los em São Paulo.

Na entrevista à CNN, Dona Lu chorou ao lembrar da partida, em 2015, de Thomaz, o filho caçula do casal. Ele foi vítima de um acidente de helicóptero no interior de São Paulo. Ela escreveu um livro chamado “Amor que transforma: como encontrar forças para recomeçar”, sobre como passou por todo o processo de luto e detalhou algumas passagens.

Dona Lu embarca nas decisões do marido e o projeto que ele escolher será também o dela. Foi assim quando Alckmin, depois de ser governador do Estado de São Paulo, acabou se afastando da política, em 2018. Voltou a dar aulas e passou a estudar acupuntura, em 2018. Período, revela ela, em que vivia relaxada, pois servia de cobaia para o treinamento do estudante na hora das agulhadas. Mas foi breve a vida longe da política e ela relembra como recebeu a notícia sobre a decisão de concorrer à vice, ao lado do até então adversário político, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu estava em casa e ele falou que tinha sido convidado para ser o vice do Lula. E ele me explicou que ‘é um momento em que precisamos unir o país. Não pensar em partidos.’ Eu sempre digo: ‘você é a mesma pessoa que você era ontem?’, se você disser que sim, então você não evoluiu. Acontecem tantas coisas na vida, e você não pode ser fechada. Ah, eu sou assim e serei o resto da vida. A gente muda. Visão de mundo, visão de ideias, de conhecimento mesmo. Então era um momento importante para o país.”

Apesar das diferenças, ela diz que passou a assistir aos discursos do petista durante a pré-campanha e que passou a admirá-lo.

“Ele contava da vida dele. Então, só quem sentiu fome, sentiu frio, sabe atingir a população. Porque ele foi muito pobre. Por isso, eu já me emocionei muitas vezes com o Lula. Passei a admirá-lo. Lula tem um coração nobre. Ele realmente se preocupa com a população. Ele quer que tenha menos desigualdade e isso eu também quero.”

A segunda-dama diz que não gasta tempo pensando se o marido vai ou não concorrer à reeleição em 2026.

“Eu acho que por tudo o que eu passei, eu vivo o presente. Eu não sei nem se eu vou estar viva amanhã. Então, a pessoa ficava pensando no que vai acontecer e deixa de agir no momento. E o tempo passa. E o tempo não tem volta. E o relógio está escrito o dia da nossa partida. Então, eu procuro viver o presente. Lógico que eu faço as coisas, o bem. A gente precisa plantar o nosso futuro, mas eu não fico imaginando. Eu penso no agora. No “aqui” e “agora””.

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